Terceirização da pós-produção: você realmente precisa disso?

A pós-produção tem o poder de amplificar a mensagem da sua fotografia e da sua identidade.

Quem me conhece sabe da importância que dou a pós-produção. Aliás, a Aline Evelin e eu, durante o nosso workshop “Meios”, costumamos explicar que uma das razões do workshop se chamar assim é por essa importância dada por ambos pela pós-produção como 50% do resultado final da nossa fotografia. A outra razão do nome é devido aos nossos predicados, pois cada um de nós é especialista em uma área, meu meio é sobre pós-produção e o meio da Aline é sobre design de álbuns e narrativa. Obviamente que não é tão literal assim, pois os assuntos se complementam.

WS à parte, estava a falar sobre a importância da pós-produção na nossa vida de fotógrafos e achei interessante compartilhar uma reflexão que tive quando vi a pesquisa feita em agosto pela ISPWP que, para quem não conhece, é uma das maiores associações de fotografia de casamento no mundo. Nessa pesquisa foram feitas várias perguntas aos seus membros, sendo que uma delas era: “Qual a porcentagem de pós-produção que você terceiriza para outra empresa?”. E o resultado foi enfático: 78% dos fotógrafos responderam que não terceirizam em momento algum a sua pós-produção. Isso me leva a ter ainda mais certeza do poder que a “pós” tem no resultado final da nossa fotografia e, mais ainda, se formos nós mesmos a tratar dela, ou em alguns casos membros da equipe (que é o meu caso com as fotos do Robison Kunz).

Vocês podem me perguntar: mas Sérgio, não existem empresas com qualidade que fazem esse trabalho? Existem, sim. Aliás, existem várias empresas que são extremamente cuidadosas e que entregam uma qualidade acima da média, mais do que a maioria dos fotógrafos poderiam fazer pela sua própria mão. Mas aí entra o detalhe, aquele detalhe que acredito que os 78% dos fotógrafos da pesquisa se “apegam”. Existem coisas na nossa fotografia que só nós mesmos (ou uma pessoa muito bem treinada e acostumada ao nosso olhar) conseguimos ver e, mais do que isso, saber o que queremos dizer e o que esperamos que as outras pessoas vejam na nossa foto.

Sei e entendo que nem todos têm tempo ou, em outros casos, não têm prática e conhecimento suficiente com o software para tratar dessa parte do trabalho, por isso muitas vezes acabam buscando as empresas que falei anteriormente. Mas eu gostaria de fazer um desafio a estes fotógrafos: mesmo que não tenham possibilidade de fazer esse trabalho, tentem entender como ele funciona e invistam seu tempo em entender a importância e qual a função que a “pós” pode ter em amplificar a mensagem de cada fotografia e também ser parte da identidade do seu trabalho. Acredito que isso vai fazer toda a diferença na hora da captura e, por consequência, no seu resultado final. Vão por mim!

Quem quiser ver a pesquisa completa da ISPWP – International Society of Professional Wedding Photographers acesse aqui.

Só lembrando que não existem verdades absolutas, esta é apenas a minha verdade. Um abraço a todos!